O governo brasileiro tem considerado a possibilidade de taxar grandes empresas de tecnologia como Google, Apple, Meta e Microsoft em resposta a tarifas impostas pelos Estados Unidos. Essa medida, no entanto, levanta dúvidas sobre a viabilidade do Brasil viver sem os serviços dessas plataformas, que estão profundamente integradas à rotina digital da população e à infraestrutura corporativa e de telecomunicações do país.
Especialistas destacam que a dependência dessas big techs vai além do entretenimento, envolvendo serviços essenciais para o funcionamento de empresas e órgãos públicos. A migração para alternativas locais ou estrangeiras demandaria investimentos significativos e poderia acarretar prejuízos econômicos bilionários.
Apesar da baixa probabilidade de um rompimento total, a ameaça serve como estratégia de barganha, já que o Brasil é um dos maiores mercados digitais do mundo, com usuários conectados em média nove horas por dia. O foco do debate está em como regular essas empresas para proteger o mercado nacional sem comprometer a infraestrutura digital.
Nos próximos meses, espera-se que o governo brasileiro avance na discussão sobre políticas regulatórias que equilibrem a soberania digital e a inovação tecnológica, buscando garantir segurança e competitividade no ambiente digital.

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