O Brasil conquistou destaque internacional com o lançamento do GeoRisk, ferramenta desenvolvida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que alerta sobre riscos de deslizamentos com até 72 horas de antecedência. O projeto foi premiado em primeiro lugar na categoria Inovação em Gestão Pública durante a Semana de Inovação 2025, realizada em Brasília. A solução utiliza metodologias avançadas de análise e integração de dados, colocando o país na vanguarda dos sistemas de previsão e alerta de desastres naturais na América Latina.

O GeoRisk foi oficialmente lançado em fevereiro de 2025, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), com a presença da ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. A ferramenta processa informações de satélites, estações meteorológicas e sensores em tempo real, cruzando dados históricos e modelos preditivos para identificar áreas de risco com precisão inédita. Na edição deste ano do Concurso Inovação no Setor Público, foram inscritos 363 projetos de todo o país, dos quais apenas 26 chegaram à final – o GeoRisk disputou com mais de cem iniciativas em sua categoria, sendo uma das seis finalistas.

O impacto social da tecnologia é imenso: ao antecipar desastres, o sistema permite que governos e comunidades tomem medidas preventivas, salvando vidas e reduzindo prejuízos materiais. A ministra Luciana Santos destacou que o GeoRisk coloca o Brasil na liderança regional em sistemas de alerta, servindo de modelo para outros países que enfrentam desafios similares. A ferramenta já está sendo utilizada por defesas civis de diversos estados, com planos de expansão para todo o território nacional.

Além do reconhecimento em premiações, o GeoRisk representa um avanço significativo na aplicação de inteligência artificial e big data para o bem público. A integração de diferentes fontes de dados e o uso de algoritmos de machine learning permitem não apenas prever deslizamentos, mas também aprimorar a gestão de riscos em outras áreas, como enchentes e secas. O sucesso do projeto estimula novas parcerias entre governo, academia e setor privado para o desenvolvimento de soluções inovadoras em proteção civil.

As perspectivas para o futuro incluem a integração do GeoRisk com outras plataformas nacionais e internacionais, além do desenvolvimento de aplicativos para alertas em tempo real diretamente no celular dos cidadãos. O próximo passo é ampliar a capilaridade do sistema, garantindo que comunidades remotas e áreas de risco tenham acesso rápido e eficiente às informações. O caso do GeoRisk mostra como a ciência e a tecnologia podem ser aliadas estratégicas na redução de tragédias e no fortalecimento da resiliência nacional.

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